Por Michele Rodrigues, neuropsicopedagoga
O dia 2 de abril foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância de promover o entendimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e combater o preconceito. A data é uma oportunidade para discutir políticas públicas, fortalecer ações educativas e ampliar o acesso à informação baseada em evidências (Organização das Nações Unidas, 2007).
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desafios na comunicação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Os sinais podem variar de forma significativa entre os indivíduos, o que justifica o uso do termo "espectro". A identificação precoce, o diagnóstico qualificado e as intervenções adequadas fazem diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da pessoa com autismo (American Psychiatric Association., 2014).
A importância da conscientização
Falar sobre o TEA contribui para a redução do estigma e para o fortalecimento da inclusão. A escola, a família, os profissionais da saúde e a sociedade como um todo têm papéis complementares no acolhimento e na valorização das diferenças. A conscientização não se resume a reconhecer datas comemorativas, mas implica construir espaços mais acessíveis, práticas pedagógicas responsivas e políticas públicas sustentadas por dados e escuta social (Brasil, 2008).
Para além da informação, a data convida à ação concreta. No contexto educacional, por exemplo, discutir o TEA é também discutir o direito à educação inclusiva, à formação de professores e ao uso de tecnologias e metodologias que favoreçam a aprendizagem. As escolas são espaços centrais na vida de crianças e adolescentes com TEA, e precisam ser preparadas para reconhecer sinais precoces, acolher as famílias e construir estratégias de apoio individualizado.
A contribuição da bloomy
A bloomy atua no apoio a escolas, educadores e famílias por meio de recursos educativos, formação continuada e estratégias de suporte à inclusão de crianças com TEA. Por meio da plataforma www.bebloomy.com.br, são oferecidos materiais, vídeos e orientações que contribuem para a prática pedagógica e o diálogo com profissionais da saúde. A empresa busca facilitar a articulação entre escola e família, favorecendo o desenvolvimento integral das crianças.
Referências
American Psychiatric Association. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. Porto Alegre: Artmed.
Brasil. (2008). Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Ministério da Educação.